HIDRÓFILAS

CONDIÇÕES OCULARES

Lentes de Contacto

Hidrófilas (“moles”)

As lentes de contacto moles surgiram nas décadas de 1960 e 1970 devido ao desenvolvimento dos polímeros hidrófilos (gostam de água) que são moléculas grandes unidos entre si.


Mais tarde foi introduzido no polímero de hidrogel o silicone (havendo várias gerações) sendo o último de uma linha de desenvolvimentos que tem como objetivo aumentar a permeabilidade ao oxigénio (Dk), permitindo aumentar o conforto, uso mais prolongado e melhor saúde ocular, o potencial humectante (melhor conforto) e o desempenho clínico das lentes de contacto. O silicone tem uma permeabilidade ao oxigénio maior, permitindo a passagem de mais oxigénio, do que a água, pelo que a permeabilidade ao oxigénio deixa de estar ligada à quantidade de água que se encontra em cada lente.


As lentes hidrófilas podem ser esféricas (miopia ou hipermetropia), tóricas (astigmatismos), multifocais (presbiopia) ou multifocais tóricas (prebiopia + astigmatismo).


A grande maioria das adaptações de lentes de contacto são hidrófilas (86%) por serem mais simples de adaptar, necessitarem menos tempo de gabinete e serem mais confortáveis a curto prazo. A grande desvantagem é a sua performance visual especialmente em astigmatismos moderados, elevados ou algumas patologias especialmente corneanas.


Para se adaptar lentes de contacto hidrófilas tem que se ter um conhecimento cientifico da morfologia, funcionamento fisiológico do segmento anterior e em particular da córnea, os materiais utilizados na composição das lentes, suas propriedades físico-químicas, desenhos e geometrias minimizando o impacto da adaptação na fisiologia do olho.



Os parâmetros disponíveis pelos diversos fornecedores garantem sucesso entre 68% a 78% das adaptações embora não nos possamos esquecer que cada olho apresenta uma anatomia única, podendo o profissional ter de recorrer a parâmetros estendidos e mesmo personalizados como já acontece em outros tipos de lentes de contacto.


Fonte

Share by: